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 The Aftermath of the Party

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Anabelle S. V. da Gama

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MensagemAssunto: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 7:56 pm

Pela porta ainda aberta do trem parado ele assistiu o grupo sair, parado, sem uma palavra, o ruivo apenas assistiu-os indo embora, cada dia mais longe dele.Lucas podia sentir o cansaço mental e o stress sentimental do amigo, Joss só podia sentir a tenção no ar, quando Matt virou para ele.

- Pode segura-la um pouco Joss?

Ele disse se referindo a menina que ainda dormia em seus braços, sem uma palavra o jovem a pegou no colo, recostando o corpo dela em seu peito e a cabeça dela em seu ombro.Matt virou-se denovo para a porta, colocando as mãos no bolço e tirando de lá um cigarro e um esqueiro, as portas então se fecharam quando ele levava o cigarro a boca.

- Pode parar de se esconder oriental, eu sei que você está aí.

Ele disse antes de levar o cigarro aos lábios, ainda olhando fixamente para o pequeno vidro da porta do trem, agora em movimento.Só então acendendo o cigarro já posto entre seus lábios.Mais atrás dele Lucas estava tenso, mas Joss estava apenas confuso, aquela situação era estranha para ele.
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Ainslie Flamel

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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 8:09 pm

Não houve, a princípio, resposta nenhuma.
A primeira coisa a aparecer foi uma relaxada mão segurando um cachimbo fino e ornamentado entre os dedos longos. O cheiro adocicado e herbácio era inconfundivelmente de ópio. Este cachimbo desenhava bonitos anéis de fumaça branco-leitosa no ar, sendo lentamente carregados pelo vento.

Se vira lenta e tranqüilamente, parando na beirada da porta do trem, os pés juntos. Na outra mão, se abanava com um leque dourado, exatamente como fazia quando atacou a igreja de Matheus há alguns anos atrás. Não parecia ter mudado absolutamente nada nesse tempo todo - com exceção de dois pontos vermelhos em sua testa, que sugeriam alguma coisa ligada ao zen budismo, provavemente algum cargo de honra. Se curva em uma pequena reverência, erguendo-se rapidamente.

- Xia wu! Ni hao ma? (Boa tarde! Tudo bem com você?)

Uma silhueta aparece ás suas costas. Era um chinês com uma máscara cobrindo boa parte do rosto, espetacularmente forte e gigante como um nephilin. Lau, porém, parecia extremamente despreocupado e feliz.
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Anabelle S. V. da Gama

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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 8:26 pm

Atrás deles Lucas já sentia o estinto de procurar pela sua arma, mas sabia que mesmo naquela situação seria repreendido por tirar a arma perto de uma criança.Joss, mesmo um tanto perdido, reconhece o cheiro da fumaça, rápidamente cobrindo o nariz e a boca da menina com um lenço.Mais a frente Matt apenas acena rápidamente com a cabeça em resposta ao gesto de reverência do chinês, havia aprendido a se curvar apenas diante da realeza e de Deus.Então respondendo a pergunta dele, havia aculado conhecimento em várias línguas, é fácil quando sua tia é diplomata.

- Je vais très bien, et toi? (Vou muito bem, e você?)

Francês era sua segunda língua, Matheus permaneceu com o olhar vidrado, seu rosto não demonstrava preocupações.Ele então guardou o esqueiro e retirou o cigarro dos lábios, exalando uma longa cortina de fumaça.Sem parecer afetado pela presença do chinês e do brutamontes num vagão que deveria ser só dele, na verdade, ele já se acostumara com intromições, nada parecia ser individual ou privado nesse mundo.

C'est la vie.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 8:40 pm

Avança alguns passos á frente, acompanhado do gigante, levando o cachimbo até a boca, reavivando a chama com um fósforo que tirava de uma das mangas. Com seus olhos quase-cerrados, porém, percebe a criança nos braços de Joss e vira o cachimbo, fazendo a erva cair de dentro do pito e a pisando para apagá-la. Podia ser uma péssima pessoa, que não dava importância ás vidas alheias, mas nunca, nunca faria nada que prejudicasse uma criança. Considerava-as os únicos seres dignos e puros do mundo, porquanto sua inocência não fosse corrompida pela escuridão dos adultos. Seu intinsto era protegê-las.

- Hen hao, xie xie. (Bem, obrigado). Fazia um certo tempo desde que nos encontramos da última vez, não é? Alguns...anos.

O gigante olhava fixamente para Lucas. Não se mexia, mas parecia estar atento á qualquer menção ou movimento que fizesse para prejudicar o Chefe da Máfia. Lau fechou o leque e colocou as mãos para dentro do thangzhuang, se sentando sobre um dos assentos folgadamente.

- Está aqui pelo mesmo motivo que eu, não é? Acompanhar sua dama até que ela partisse para a escuridão. Seu olhar se desviava para cima enquanto falava.

Falava isso de forma sonhadora e alheia á realidade.
O ópio e só Deus sabe o que mais que ele usava pareciam ter destruído ainda mais sua sanidade.
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Anabelle S. V. da Gama

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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 9:10 pm

- Uns dois anos para ser mais exato.

A esse ponto a fumaça do cigarro se dissipara rapidamente, ele então tirou do bolço um mini cinzeiro e pos as cinzas lá, levando o cinzeiro de volta ao bolço e baixando a cabeça, mirando a aliança no dedo.Diferente de sua noiva não tinha que carrega-la em um cordão, não a perderia tão fácil.Seu sorriso ainda nos lábios.

Lucas mantinha a posição digna dos 'cães' que a há anos protegiam os Vinhais da Gama, um movimento em falso, e sangue ia ser derramado.Tinha ordens do Chefe da família de agir caso achasse necessário, mesmo contrariando Matt.

- Ha!Acompanha-la.Não só eu mas você também estamos longe de poder acompanhar alguém mesmo que a beira dessa escuridão.Desde muito antes da partida os 'escolhidos' já estão sozinhos.Se chegassemos perto a Ordem arrancaria nossas cabeças e mutilaria os corpos, cruxificando os corpos mutilados de cabeça para baixo.

Jogou a cebça para cima, flexionando o pescoço que estalava, um sorriso cresci em seu rosto enquanto pensa nas ironias da vida, então voltando a cabeça para a frente denovo.Leva o cigarro aos lábios, inala, depois afastando-o da boca exala a fumaça.

- Pode se dizer que tenha sido isso, ou queria dizer um possível último adeus, é impossível de saber até pra mim mesmo.Só da pra desejar-lhes boa sorte, e que Deus as acompanhe apartir daqui.

Levou os olhos para cima, como se em um pedido a Deus.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 9:26 pm

- Não deveria fumar, quando ela crescer vai ser viciada em nicotina por conta disso.

O chinês fala placidamente, o olhar ainda para cima, apontando o cachimbo apagado para a pequena garotinha. Em seuss dedos também havia uma chamativa aliança, ornamentada ao formato de um ouroboros - mas ao invés de uma serpente, era um dragão. Símbolo de uma união eterna e inquebrável. Era a relação que tinha com a Noé desde que ela era uma criança.


- Dois anos? Shen Yawei (Santo Javé), como passou rápido.


Olha diretamente para Matheus pela primeira vez na conversa inteira, com um sorrisinho alegre nos lábios, pendendo a cabeça de lado. Seus olhos se abrem o suficiente para se ver as íris negras como obsidiana, enquanto ele fala, um tom de voz que ainda parecia desmanchar-se no ar.

- Felizmente eu não preciso acompanhá-la fisicamente para saber se está bem. Deixo isso para os integrantes do QG Chinês da Ordem Negra. Estão sendo bem recompensados para manter um olho em meu pequeno gato. E isso era mais do que necessário, depois do que aconteceu nos últimos dois anos, ou não vai ser a Ordem ou o Conde que vão acabar com ela...

Sua expressão se fez grave por um momento.
Um momento realmente curto.
Segundos antes que ele sorrise de novo e perguntasse, com a cara mais lavada o possível:

- Oh, e quanto á sua igreja?
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 10:57 pm

- Isso é crendice popular.

Ele então acenou a cabeça, concordava que os dois anos haviam corrido como um trem bala.

- Os anos passam cada vez mais rápido.

Agora surgiu uma pergunta e sua mente, como ele enchergava quando estava com o 'olhar normal'.Tinha que esquecer isso, não seria educado perguntar.Ponderou o que o chinês disse, na verdade ele fazia mais ou menos o mesmo.O selo dos Vinhais da Gama tinha efeito até mesmo diante do Papa.

- Adimito que faço o mesmo, mas não confio muito na Ordem.Confio que Anjo sabe se cuidar sozinha, afinal de contas, ela viveu todo esse tempo sem mim, não é como se algo tivesse mudado.

Matt acreditava na liberdade acima de tudo, ele não era dono de nimguém.

- Humm.

Ele virou para o chinês e piscou algoumas vezes, então voltando a posição original.

- Oh, a estrutura não foi afetada, construção antiga, muito forte.Só tivemos que trocar os vitrais, as obras de arte e algumas outras coisas, em menos de dois meses estava nova.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeTer Jan 26, 2010 11:16 pm

- Não tive oportunidade de me desclpar por aquilo. Perdi um pouco o controle.

O chinês parecia sincero em suas palavras.
Era verdade: Naquela ocasião, além da traição de "wo mao", sua irmã caçula havia acabado de ser assassinada e isso igualmente por conta de Ainslie. Mas havia se dado conta que não era capaz de ferir a ruiva, porque não havia mais onde ferí-la. A ligação psíquica entre os dois o possibilitou de sentir exatamente o que ela sentia em seu coração, e então ele entendeu a destruição que estilhaçava e justificava as atitudes da ex-libertina.

E o chinês a amava.
Sempre havia amado.

- Sim, sim, seu "anjo" não só sabe se cuidar. Ela me mete medo, muuuuito medo.

Deu uma risadinha descontraída, levando á mão até a cabeça.
Suspirava, "fechando" os olhos de novo.

- Não tive a mesma sorte. "Wo mao" é um bebê de vidro. Quando alguém não quer destruí-la, ela mesmo dá um jeito de se quebrar.

Riu de novo, começando a divagar.

- Não fazem algumas horas que ela se foi e já sinto saudades dela...

De repente pára, inclinando-se, apoiando as mãos sobre os joelhos e perguntando de súbito:

- A propósito, onde estamos indo?
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeSáb Abr 03, 2010 7:50 pm

Matt simplesmente acenou com a cabeça, os olhos fechados e os lábios curvados em um belo e simples sorriso, digno dele, Matheus não era 'O Benevolente' por nada, por mais que quizesse não conseguia ficar zangado por muito tempo.Por isso Lucas estava aí, amigo, protetor, guia...Luke certamente guardava rancor pelos danos na igreja e estava mais do que querendo agir.Um cão de guarda enfurecido querendo morder a visita indesejavel.

Mas quanto ao comentário sobre Anabelle, "Anjo", ele tinha que concordar.Ela dava medo.Só que isso marcava alguma de suas suspeitas, seu chefe era meio masoquista.

Matt no entanto se sentiu um pouco ofendido com o caráter da afirmação.

- Anjo é mal compreendida, ela tem um espiríto muito bom.Bom, se Miguel aparecesse a sua frente, belo como um relâmpago e carregando uma espada de fogo, qualquer um sentiria medo, mesmo os arcanjos sendo encarados como alguns dos seres mais belos da história bíblica.

Ele deu um sorriso, ela era a pessoa mais bela que ele vira, um anjo que se jogou no a terra para ensinar os humanos o verdadeiro significado das palavras divinas.

- Acho que 'saudade' é uma boa palvra.

Ele disse fechando os olhos e levando uma das mãos para tocar o vidro da porta, então voltando, pegando o cinzeiro, apagando o cigarro e o colocando lá dentro, voltando o cinzeiro ao bolço.Ele acabara de se lembrar do ódio de sua noiva pelos cigarros.

Então ele disse aquilo.


"O quê?" - Matt
"Como alguém entra em um trem sem saber o destino?E ele ainda se diz Chefe da Máfia!" - Lucas
"Isso está...realmente acontecendo?" - Joss

Esses eram os pensamentos que reinavam.

Aquela sentença parou todos os 3 homens.Todos com uma expressão de descrença.Matt virou para Lau, olhos arregalados, Joss repetiu o mesmo, e aquilo conseguiu tirar de sua posição até mesmo o rigoroso (e sempre vigilante) Lucas.Seus olhos arregalados e queixo frouxo.Mas isso não durou muito tempo, o cão voltando a sua posição original."Esse cara definitivamente não tem cérebro."Era uma certeza na mente do Lucas.

- Que tipo de pessoa entra num trem sem saber pra onde vai?Drogado louco.

Ele sussurrou para si mesmo, derrepende ele queria voltar a fumar.Logo ele lançou um olhar para Joss que o informava que era hora de voltar a postura original, iniciantes eram sempre uma droga.

- Ehhh....Nós estamos indo para o ponto mais ao sul da Inglaterra.

Matt respondeu, um tanto encabulado com a situação inesperada.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeSáb Abr 03, 2010 11:51 pm

Os olhos rajados do chinês abriram-se novamente, íris negras se movendo e fixando-se atentamente para Lucas quando ele murmurou para si mesmo tais palavras sobre o mafioso. Aparentemente seria impossível que estas fossem ouvidas por outrem, dado o ruído do trem nos trilhos e do vento que uivava pelas frestas das janelas, mas... tigres ouvem melhor do que se pensa.

Ele devorava o cão de guarda com aquele olhar digno de um assassino, bem como o sorriso frio que aparecia nos lábios dele. Aquela expressão simplesmente dizia: "Aparências enganam", ameaçando-o implicitamente. O estrago que Lau havia feito na igreja não era nada comparado ao que ele PODIA fazer, e com as próprias mãos - ou melhor, patas. Fez um pequeno sinal com a mão, enquando falava arrastado, com um sotaque chinês carregadíssimo.

- Entrei tão afobado em seguir wo mao neste trem que mal prestei atenção para onde ia... Ao contrário de seu Anjo, provavelmente ela mal sabia que eu estava aqui. E me odiaria se soubesse.

O gigante chinês que vigiava a retaguarda de Lau retirou um Narguilé de dentro de uma sacola negra que carregava e se ajoelhou á altura do mafioso, a cabeça baixa, colocando a essência e acendendo-a, entregando o pito para o chefe, que deu um trago longo e colocou as pernas em cima do mosntruoso homem, os olhos ainda "abertos" atentos á tudo o que acontecia, esparramado no banco do trem. Parecia muito mais assustador agora, como se a pequena "ofensa" de Lucas tivesse feito com que uma máscara caísse sem querer. Encarava Matt diretamente, e falou, as palavras erguendo-se juntamente de uma fumaça esbranquiçada e espessa:

- Sul, então. Não é muito longe de um dos muitos pólos da Chinatown. Por minha indelicadeza, me daria a chance de me redimir levando-os para divertir-se um pouco, senhores?

A expressão dele era convidativa mas ao mesmo tempo intimidadora. Do tipo que se irritaria ao ouvir um não.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeDom Abr 04, 2010 10:40 am

- Não.

Se Lau achava que seria capaz de assustar o herdeiro dos Vinhais da Gama com aquela estúpida 'demonstração de poder', estava muito enganado.Sim, Matheus não só sentia a tensão no ar como também ouvira o comentário de seu cão, as vezes ele tinha certeza que Lucas era ancioso demais e rosnava demais.

O olhar furtivo do ruivo era o que traia sua natureza sempre calma, uma marca de um herdeiro real, um Vinhais da Gama.Ele virou para trás por um instante e quando voltou sua expressão mimicava a de Lau, os olhos fechados e o sorriso de raposa e as mãos se enroscando por dentro das mangas do terno.

Sem cerimônia o ruivo derrubou o narguilé com seu pé, pisando nele e destroçando-o.Qualquer traço da pessoa que estava antes olhando para Lau dissipara-se.Mecher com ele era uma coisa, depois daí ele não se seguraria.Matt estava espelhando a mensagem de Lau para Lucas.

- Vamos nos conter quanto ao uso de qualquer coisa que produza fumaça aqui dentro okay?Olha, eu até larguei meu cigarro, que já nem tem quase nicotina.Eu acho que você vai enter, não?

Nesse momento entrou no vagão um homem com mais de dois metros, que logo curvou-se em reverência ao ruivo.

- Perdoe a intromissão senhor Matheus, mas eles já estão esperando, estão na segunda parada.

- E quanto ao resto?

- O Cruz Maltina 2 espera apenas pelas suas ordens.


O brutamontes se levantou, ficando de pé diante da porta que dava para o outro vagão de onde ele viera.Matt uma vez mais virou-se para Lau.

- Veja só, eu sou um homem extremamente ocupado, não posso perder um segundo sequer de meu precioso tempo, não tenho tempo para o seu convite.

Nisso o trem chegou a uma parada brusca.

- Se quer se redimir por alguma coisa, aceite isso agora que eu vou convida-lo a se retirar.

Com um movimento de mãos a porta do trem se abriu.Os olhos verdes se abrindo em uma expressão maquiavélica digna de Pedro, o atual líder dos Vinhais da Gama e pai de Matt, mas muito rara de ser vista no filho.
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeQui Abr 08, 2010 11:58 am

A expressão tipicamente felina voltou ao rosto do chefe de máfia, enquanto o brutamontes mascarado, agora de quatro como um animal, recolhia os cacos do narguilé destroçado. A pele de suas mãos era cortada pelos cacos finos e afiados como agulhas que estavam espalhados por todos os lados, mas aquilo não parecia o incomodar. Depois de recolher tudo, até o último caco, ele limpou o rosto e as roupas de Lau da essência líquida que havia espirrado nele, encharcando seu bonito thangzuang vermelho. O líquido tinha um cheiro forte de cereja, mentol e algo ainda mais intenso e inidentificável. A calça de Matt também estava embebida desta essência, mas isso não era do respeito do "bichinho" de Lau.

O mafioso mimicou o movimento mimicado. Podia-se ouvir os dedos dele se estalando agoniosamente dentro das mangas boca-de-sino de suas vestes. Seus ouvidos felinos estavam ouvindo a cada palavra que era trocada entre o homem e Matheus. Disse, então, entre um suspiro e um sorriso:

- Me espanta tanta grosseria vinda de uma família dita como nobre na Europa. - estalou o pescoço. - Mas os modos de vocês ocidentais são mesmo um tanto...incivis.

Ele levantou-se assim que Matt convidou-o a sair, pisoteando o próprio criado, que se erguia humilhantemente como uma gárgula, o seguindo. Chegava a ser ignorável a estatura e o físico do brutamontes quando tratado de tal forma, lembrando uma paródia do servo Igor, do Dr. Frankestein. Era uma maneira rudimentar de mostra de poder da parte de Lau - mas a coisa é que ele NÃO PRECISAVA demonstrar poder. Ele o DETINHA.

Matheus subestimava Lau. Todos subestimavam Lau. Até que percebessem que era tarde demais para estancar o sangue.

O chinês lera exatamente a expressão do ruivo desde o instante em que falava com seu assistente até o momento em que haviaconvidado o chinês a sair. Faltando apenas um passo para deixar o trem, ele se virou, um dos dedinhos erguidos em gesto de explanação, e falou ao ruivo.

- Não sei se sabe. É uma ofensa um pouco grande destratar um Grão-Mestre Mahayana. Uma ofensa que eu, em minha benignidade, posso perdoar... mas eu não sei se eduquei meus discípulos tão bem a fazerem o mesmo.

Ele voltou a mostrar suas mãos, que estavam segurando um dispositivo semelhante a um rádio entre os longos dedos. Uma luzinha vermelha piscava, bipando.

- Neste momento, meus discípulos implantaram bombas em cada vagão deste trem, em diversos pontos. Eles estão igualmente ocultos aqui dentro, e este controle lhes deu a ordem de, cado qualquer coisa aconteça comigo, eles mandem vocês pelos ares. Se me deixarem em paz... lógico que eu...em minha benignidade...posso poupar a vocês...e a ela.

Apontou para a garotinha adormecida com a antena do dispositivo.
Lau havia previsto que, se a diplomacia não funcionasse, o maçom apelaria a tentar prendê-lo ou matá-lo pelo o que ele fez no passado à igreja e ao seu "anjo", e por isso, ele havia se precavido. Haviam muito homens que sacrificariam suas vidas pela proteção do chinês, que agora não era só um figurão do mundo do crime mas uma entidade religiosa. Matheus não previra aquilo? Claro que não. Era apenas uma pequena raposa - um cão ensoberbecido que esquece que, querendo ou não, é um cão.

E Lau era um tigre. Aparentemente dócil, apenas espreitando a vítima para retalhá-la quando conveniente. Sem medos, sem pudor, sem moral - assim como Ainslie Flamel.

- Então, Matheus...esta é sua escolha. Mostrará as garras para um tigre, ou encobrirá a quem ama com sua cauda, pequena raposa vermelha?
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MensagemAssunto: Re: The Aftermath of the Party   The Aftermath of the Party Icon_minitimeQui Abr 08, 2010 7:35 pm

Matheus não mudou sua expressão.Nem por um segundo sequer.Nem pela dita bomba, e nem pelas preisíveis ameaças.Muito menos por ter sido chamado de raposa.Se Lau achava que conseguiria alguma coisa, estava errado.Matheus era o herdeiro dos Vinhais da Gama, e portanto , um leão.Ele não precisava mostrar as garras, ele já havia sido coroado rei.

E se havia uma coisa que havia aprendido com seu pai, era pra ser rude quando NECESSÁRIO, e ter modos quano for INTERESSANTE.

Seus olhos seguiram os movimentos do oriental o tempo todo, a mesma cara de paisagem nele e em Lucas, e até em Joss.

- Uma ofensa um tanto grande...Sei,sei.Mas acho que eu não me importo muito.Ainda mais quando um 'Grão-Mestre' não consegue sequer educar seus discípulos.Tão triste.Mas vá,vá.Nos exploda.Aprendia a levantar minha honra acima de tudo.Morrer numa explosão séra uma morte bem chamativa.

Ele levou a mão ao queixo, pendendo a cabeça para o lado.Não tinha medo de ninguém, muito menos de um pseudo-Grão-Mestre, e era essa falta de medo dele que o igualava a seu pai, que assim como ele, nessa mesma idade já chegara ao posto 30, em menos de 2 anos havia chegado ao posto mais alto, o 33.Isso porque todos os outros temiam o poder do selo da família, e alguns poucos que conheciam os segredos ocultos daquela família, temiam o sangue real que corria nas veias dele.O mesmo se repetia com o ruivo.

- Seria até melhor para você me matar não é.Fazer com que eu leve para o túmulo certas informações que colocariam em perigo você e essa sua pequenina família.Mas, oops!Sou tão esquecido, existem outros aí fora que sabem disso, e espera só a minha morte pra espalhar isso aos 7 ventos.Acho que sinto pena daquela ruiva esquisita.Ah...Não.Foi só coisa do momento.Mas vá, me exploda.Nós todos vamos morrer uma hora mesmo.

Ele segurava consigo o orgulho da família cujo brasão era guardado por um leão e um dragão, e segurado por uma fenix.Não tinha medo.E além do mais, e sem falar que aquelas bombas, que ele se vangloriavam, haviam sido já destivadas, desarmadas, destroçadas, ou seja lá o que o resto da guarda havia feito com elas, pelomenos as que estavão no seu vagão e nos vagões ao redor.Pelomenos as que foram achadas.Mas ainda tinha uma carta, o mesmo dispositivo impedindo seu celular de funcionar no trem, impedia que qualquer coisa remotamente ligada a qualquer tipo de onda funcionasse também.Ainda mais aquela coisa com aparência de radinho.Se nada desse certo...Era melhor não pensar nisso.

Ele havia tomado precauções quanto a viagem inaugural daquele trem.O dinheiro havia sido bem gasto.

Naqueles momentos cruciais uma figura espreitava na escuridão, escondido, era impossível que alguém, humano ou não, o percebesse.Apesar de suas roupas, era imperceptível.Seu sorriso amedrontador, ele se divertia imensamente com o que via ali.Sempre soubera que aquela família carregava em seu sangue nobre uma força incrível, e por mais que não aparentace, aquele jovem a tinha.Um garoto com a capacidade para conquistar o mundo, mas que preferia assistir.Mephisto entendia ele, reinar pode ser muito chato.As vezes, é bom jogar o jogo pelas regras, as dificuldades fazem com que ele fique mais divertido.

Nem por isso Mephisto negligenciara sua posição como protetor dele.As bombas, mesmo as de outros vagões e as não encontradas pelo jovem ruivo, já, digamos, 'não funcionavam mais'.Mephisto não deixaria ele morrer, já que reviver pessoas e revelar o segredo da vida eterna eram condições muito inconvenientes.Sem falar que ele ficaria mais que feliz em ceifar mais alguém daquela família.Esse garoto já havia ceifado 2 pessoas de sua família, e para agora, ele já tinha alguém mais em mente.

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