I Congresso Eucarístico Britânico [Todos]

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Era um fim de tarde enevoado e chuvoso.
Os céus pareciam estar cobertos de um manto acizentado, grosso como um veludo, bloqueando todo e qualquer raio de sol naquela cidade que já era enegrescida pelo tempo e umidade constantes. Havia uma movimentação grande em um dos parques de Londres - na praça principal, seria feito o primeiro dos Congressos Eucarísticos da cidade.
Era uma coisa que havia intrigado bastante os habitantes da cidade, uma vez que a Inglaterra detinha uma predominância de protestantes e cristãos ortodoxos. Por isso você via muitas pessoas ali apenas por curiosidade.

Para a Hellsing, aquilo deveria ser alarmante: A presença daquele tipo de evento talvez significaria a presença da Iscariot na cidade. As duas organizações não era necessariamente inimigas, apesar da caça aos vampiros a serviço da Hellsing, mas também não se cheirava, especialmente depois que um rancoroso Cardeal tomou posse da liderança há alguns anos, esfregando na cara de todos os representantes de tal organização que iria ser punitivo e impiedoso, afim de honrar a morte de Enrico Maxwell e Alexander Anderson.

Mas no momento, como dito, só haviam os curiosos e um ou outro padre zanzando pelas ruas de pedra do parque. Como o congresso era aberto para o público, muito podia se ver de vendedores ambulantes, pipoqueiros e vendedores de guloseimas, bem como velhotes entediados procurando o que fazer em seu excesso de tempo livre.

Era um ambiente agradável. Apesar da natureza puramente religiosa do evento, a estrutura havia sido montada de forma a oferecer conforto àqueles que quisessem ouvir com atenção as palavras e palestras, ou que somente quisessem descansar seus pés num ambiente tranquilo...

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

O dia realmente estava muito nublado, mesmo que Londres fosse uma cidade naturalmente muito umida, mas naquela manhã o céu estava mais cinzento do que normalmente era, então uma jovem garota sai das sombras de um pequeno beco, e ve que algo se passava ali na praça...

-Hum... por que tanta gente? o que acontece aqui?? '-'

Enquanto isso a garota se mestura entre as outras pessoas que estavam ali em volta e fica observando se alguma vai coisa acontecer...

-Hum, deve ser alguma coisa importante... pra montem toda essa estrutura... vou ficar e ver o que acontece, aproveitando que o dia está... agradável

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

"É o congresso de eucaristia", uma vozinha infantil e suave ergueu-se do lado de Misa Amane de repente.

Encostado em uma árvore próxima de onde a japonesa esgueirava-se, cuidadosamente, para ver o que se passava, estava um menininho. Deveria ter por volta de seus 11 ou 12 anos, muito pequenino e magro, com uma beleza que lembrava a de um boneco de porcelana.

Suas mãos estavam para trás, as bochechas rosadas levantadas em um sorriso tão doce quanto açúcar. Seus olhos eram de um azul muito intenso, mas só se podia ver um deles - o outro estava coberto por um tapa-olho cirúrgico, daqueles que se deixa sobre os olhos quando se sofre um acidente ou se faz uma cirurgia e tem que evitar o contato da íris com a luz. Os cabelos estavam penteados para trás, arrumados com gel com exceção de uma longa franja que caía sobre esse mesmo olho tampado.

E o mais curioso de tudo: Suas vestes eram vestes de Cardeal, uma longa bata branca de seda até a altura dos joelhos com uma faixa carmim passando por trás do pescoço. Isso seria impossível, já que para se tornar cardeal, o Vaticano exigia a idade mínima de 50 anos. Provavelmente seria uma brincadeira de mau-gosto com a igreja dos pais do garoto em vestí-lo daquela forma para o evento, da mesma forma que se veste uma criança de coelho na Páscoa ou algo do tipo.

- É a primeira vez que acontece uma coisa assim aqui em Londres, por isso a movimentação. O Vaticano nunca se importou muito com a Inglaterra, é interessante que eles estejam fazendo esse tipo de coisa por aqui de repente... - ele desencostou-se da árvore, caminhando até a garota.

Parou a alguns centímetros dela, apertando os olhos e pendendo a cabeça de lado. Ele cheirava a sândalo, o que indicava que deveria ter saído de uma igreja onde estava se consagrando alguma coisa com o esfumaçador. Estendeu a mãozinha pequena à moça de uma maneira tão formal que parecia adulta.

- Meu nome é Aleister, prazer! Posso saber o seu, moça super-bonita? -

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Estava a garota observando a movimentação, quando ouve uma voz, a garota se vira para ver quem era, se tratava de um pequeno garotinho, então a garota fica observando-o, estranhando a forma que se vestia, mas a final, ela não era ninguem para julgar o estilo dos outros, até porque seu estilo tambem era "diferente", então Misa comprimenta o garoto

-Olá Aleiter, meu nome é Misa!! O que você faz aqui, e onde estão seus pais?? '-'

Perguntava a garota ja observando tudo ao seu redor, procurando pelos pais do menino que ali estava... enquanto isso ela continuava a conversar com o menino...

-Hum, e pra que serve um congresso de eucaristia??? '-'

A garota não sabia o que era, a final não era católica, então não entendia muito bem como funcionavam os eventos da igreja e nem para o que eles serviam

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Deu uma risadinha, como se debochando infantilmente do jeito da japonesinha, tomando sua mão calantemente após esta se apresentar e dando um beijo no dorso dela.

Colocou as mãos para trás novamente, inclinando-se levemente para frente de forma que olhasse diretamente ao rosto de Misa. A garota pôde notar mais um detalhe curioso - os cabelos do garotinho eram grisalhos. Não eram pintados, eram acizentados em um inteiriço, como os fios de cabelo de um idoso de 60 anos ou mais.

- Eu sou órfão. Fui criado por um padre na igreja, mas ele também morreu. Desde então eu ando com os padres, é isso que eu faço aqui.

Deu um suspiro melancólico enquanto seus olhinhos fitavam o grande balcão da estrutura onde os padres se apresentariam e o louvor seria ministrado. Logicamente ele não poderia dizer a verdade sobre ele estar ali - ELE tinha organizado aquele congresso, e com a menos pura intenção possível. Era a autoridade de título mais alto do corpo eclesiástico ali presente, e por isso observava de camarote. E estava ali simples e absolutamente para irritar a Hellsing. Iria fazer tudo para ver o focinho da nova cadela de guarda dos portões da Organização, a sucessora de Sir Integra.

Também por isso que havia falado com Misa - ela talvez não fizesse idéia disso, mas ele sabia exatamente quem ela era e O QUE ela era também. Mas soava muito oportuno - e divertido - manipulá-la da maneira que quisesse, especialmente porque sua intenção era conseguir o favor da vampira.

- Um congresso eucarístico. - ele tomou fôlego. - É um congresso de padres e ministros de louvor para dar palestras sobre adoutrina católica, ministrar misas e louvar a Deus com as escolas de canto. É uma missa gigante, com lideres de todas as igrejas católicas de um país. É legal, você pode fazer perguntas aos padres e cantar músicas...ou somente se espalhar numa cadeira e dormir enquanto ouve a voz chata deles enquanto pregam, haha! -

Colocou as mãos atrás da cabeça, espreguiçando-se.

- Quer comer alguma coisa? Isso vai demorar a começar ainda.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Misa observava atentamente o que o menino dizia, mesmo depois dela ver os cabelos grisalhos, continuou pensando que ele era apenas um menino...

-Hey, você sabe muitas coisas para um menininho... estranho você, hum... não estou com fome... mas posso acompanhar você, para que você não coma sozinho ^^

Continua a observar o garoto, então decide fazer a pergunta que ja lhe importunava há algum tempo

-Ei Aleister!! Por que você usa essas roupas, não combinam com você ^^

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Antes que Misa pensasse em repsonder, ele já havia enganchado so braços com ela e a arrastou para a frente de um carrinho de pipocas. Com a bochecha cheia daquela enjoativa pipoca doce com cobertura caramelizada cor-de-rosa, ele prestou atenção nas palavras dela. Entre os "crocs" de milho que se destacavam mesmo com o barulho das pessoas ao redor, ele respondeu, a boca cheia e um sorriso cheio de pipoca e milho.

- É que <nham nham, croc> eu sou um Cardeal <croc croc>.

Ele falou isso com a cara lavada, olhando gravemente para a moça, enquanto enfiava mais uma mão cheia de pipoca na boca.

- Sou <croc cric> a autoridade mais alta <nham> desse congresso. <nham nham nham>

Estendeu o saquinho de pipocas a ela, parando de mastigar e sorrindo, esperando a reação que ela teria. Contava que ela pensasse que talvez ele se tratasse de um midian também. É lógico que ela poderia tomar aquilo como fantasia de um menininho, mas sabendo que Misa detinha conhecimento da imortalidade oferecida a vampiros e freaks, ele previa que ela iria tomar aquilo para outra direção.

- Você ficaria melhor de algo mais meigo também. Rosa lhe cairia muito bem.

Enquanto ele fazia comentários sobre a estética de misa, a voz de Aleister susurrou na cabeça da garota ao mesmo tempo: "Você também não é uma garota comum, é?".

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Misa observa o menino comendo vorazmente toda aquela pipoca de havia comprado, até parecia que estava morto de fome, enquanto isso ela ouve tudo que o menino ia falando entre suas mordidas barulhentas

-Ah claro... você é um cardeal... sei... -.-, nha e nem quero pipoca não, não como a essa hora... é... uma... dieta ^^

Em seguida ouve o menino questionando o modo de se vestir dela, o que deixou a garota meio.... irritada, pis a final rosa era a cor que ela mais odiava na face da terra, tudo que era rosa ela não gostava '-'

-Rosa?? Odeio rosa!!!! Rosa não combina com a Misa '-'

Depois de terminar de expressar sua opinião para o menino ela ouve aquela voz susurrando na cabeça dela, ela percebeu que o menino não havia falado nada, então rapidamente ela puxa sua arma e mira na cabeça do menino, ignorando totalmente o que as pessoas ao redor deles poderiam pensar, em ver uma garota apontando uma arma para um menino

-Okay!! O que você quer com a Misa??? Fale logo se não quizer morrer aqui mesmo!!! ò.ó

Misa parecia estar furiosa e ao mesmo tempo muito nervosa, ela ja começava a pensar no que aquele menino falara momentos antes, de que ele era um cardeal, pois ela sabia que os vampiros não eram muito queridos pelo Vaticano '-'

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

O menino arregala os olhos de espanto, impressionado com o gesto de Misa Amane ao apontá-lo uma arma em um local tão populoso como aquele, especialmente levando em consideração o quanto aquilo chamaria atenção das pessoas por Aleister não passar de uma criança. Mas seu espanto logo se desmancha em um sorriso, os olhos de cílios muito longos e negros apertando-se enquanto pendia a cabeça para a esquerda de leve. Tranqüilamente, ele leva a mão até o saquinho de pipocas para finalizar a guloseima que tinha comprado. Aquele sussurro na cabeça da garota começa de novo, entrelaçando-se confusamente com as palavras que saíam dos lábios do garoto:

- Ah, mas ainda assim, você ficaria graciosa de cor-de-rosa, Misa! <Não tenha medo. Eu não sou um humano normal , mas não estou aqui para machucá-la. Na verdade, estou aqui por você, confie em mim.>

A placidez do garoto parece ser estilhaçada quando a voz de Mikhael emerge dos arredores. Estava tão entretido com Misa Amane que não havia captado antes a presença do cão de guarda da Hellsing no local, coisa que geralmente não fugia de seus sentidos aguçados. E a furtividade daqueles treinados pela organização rival não era novidade. Ainda assim, aquilo deixava Aleister perplexo - afinal, ele era infernalmente perceptivo.

Ele já conhecia Mikhael, não pessoalmente, mas das fichas, vídeos e a parafernália inimaginável de informações sobre tudo o que se passava na Europa a qual o Vaticano detinha. O olho azul como uma pedra de turquesa pura se levantou ao rosto já familiar do mordomo, e o pequeno Cardeal deu uma risadinha ao vê-lo abaixar a arma das mãos da garota. Realmente havia sido bem-treinado, bem-treinado o suficiente para se esquecer que nem todos precisavam da bolha de proteção que ele oferecia à Sir Hellsing. Era admirável e ao mesmo tempo patético, o tipo de comportamento que entretia muito o garoto.
Cuidaria primeiro de seus interesses quanto à midian. Não estava pronto para peitar a Hellsing ainda, já que estava erguendo a Iscariot dos escmbros deixados por Alucard e pela Millenium, e a fortaleza aidna não era estável o suficiente para se declarar guerra.

Mas era dificílimo para o garoto se controlar diante da intervenção da organização rival, especialmente por associá-los à morte de Alexander Anderson e de Enrico Maxwell. Mesmo não transparecendo em sua expressão em momento algum, a aura do menino tornava-se pesada, negra, e alguém que tivesse uma percepção maior do plano sobrenatural a detectaria facilmente.

Seus olhos abaixaram-se a Misa Amane novamente, em um gesto de desdém pela presença de Mikaehl.
Sorriu e continuou se dirigindo a ela:

- Eu estou te assustando, né? Desculpa, sou um pouco efusivo demais~
<Eu sei sobre você, Misa Amane. Sobre seus pais, seu caminho e sobre o que aconteceu com você. Eu estou aqui para ajudá-la a não se tornar um monstro por causa do que tem que fazer para manter-se viva. Não posso falar muito agora - existem forças se colocando entre eu e você, pessoas que realmente são inimigas.>

O garoto recua alguns passos, angelicalmente olhando para os dois "adultos", enquanto coçava a cabeça de fios acizentados. Abaixa a cabeça, reverenciando diversas vezes a garota em sinal de arrependimento.

- Acho que estou incomodando. Oh, well, I'm so sorry. Vou voltar para a capelinha, os padres devem estar preocupados comigo. <Encontre-me lá, vampira, se minha proposta te interessar.>

Ele dá a volta nos dois, em passos calmos, tomando seu caminho de volta para a arquibancada e a capela improvisada montada para o Congresso. Quando passa pelo mordomo da Hellsing, agora, envia uma mensagem mental para este, provocativa, enquanto solta uma risadinha discreta: "Não fuce muito a fundo em meus assuntos, cãozinho. A curiosidade não matou apenas o gato".

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

A garota continuava a apontar a arma na direção da cabeça do menino, ela estava com tanto medo que até mesmo transparecia quando ela tremia segurando a arma, quando aparece outro homem do nada e baixa a arma de Misa, ela fica ainda mais confusa quando ve esse sujeito, a final era outro que ela não conhecia, em seguida ela ouve o garoto falar uma frase e ao mesmo tempo ele falando outra frase completamente diferente em sua mente, o que deixava a garota cada vez mais confusa, Misa então guarda sua arma, percebendo a besteira que havia feito, não se faz isso em público a final.

Ela então apenas fica observando o garoto e o que ele falava, e sempre seguida de suas invasões na mente de Misa, apesar de Misa estar com medo ela sentia uma certa confiança no menino, a final se ele quizesse fazer algum mal a ela, ja teria feito ali mesmo, ou não fizera justamente por estarmos em um local publico e movimentado.

-Certo... você tem razão '-'

Falava Misa para o sujeito que havia empedido ela de fazer uma besteira, aquele sujeito era muito estranho, mas assim como o menino passava uma certa confiança para a garota, realmente ela estava muito confusa, a final, quem seria vilão e quem seria mocinho? Mas não era só isso que deixava a garota confusa, mas como aquele garotinho sabia que Misa era uma vampira... e como sabia sobre seus pais, pois ninguem sabia disso a não ser a própria Misa a não ser que ele fosse pesquizar sobre a vida dela no Japão, porem a curiosidade da garota falava mais alto, ela queria saber como aquele garotinho sabia tanto sobre ela, então ela ignora totalmente o sujeito e vai seguindo o garoto em direção a capelinha, sem sequer olhar para trás, Misa estava morrendo de curiosidade, esperança e medo... então ela chega na capelinha e se senta em um banco que ali estava enquanto pensava

O que eu estou fazendo aqui?! Ah, agora que ja estou aqui vou ir até o fim, cade aquele menino??? '-'

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Misa chega ao local, sendo olhada com uma certa estranheza pelos padres ali presentes por causa de seu modo de vestir. É um local aconchegante e silencioso, apesar do modo rápido como foi montado e da iluminação um pouco precária, avermelhada, que fazia o interior capela ter um aspecto um pouco intimidador. Há um agradável cheiro de sândalo flutuando no ar.

Logo mais a frente ela vê o garotinho rodeado de três padres mais velhos. Seu rosto estava tenso, parecia falar algo de fato muito sério para eles, mas no momento em que Misa entra, seus olhos azuis se direcionam para ela. Abana a mão no ar, dispensando os três padres - um deles vai pra entrada da igreja e se coloca em pé lá, enquanto os outros dois saem em passadas duras, tensos.

Aleister caminha até a moça, a reverenciando de novo, com uma empolgação infantil.
Se espalha no banco ao lado dela. Todos os padres e coroinhas se afastam dos dois, tomando distância o suficiente para não incomodar ou ouvir o que estavam discutindo. Seja lá quem (ou o que) fosse o graoto, "Cardeal", as pessoas ali pareciam ter muito respeito por ele.

- Fico feliz que tenha vindo, Miii-sa!

Fica sério, olhando-a gravemente.

- Agora eu posso me apresentar propriamente. Meu nome é Cardeal Aleister Crowley VII, líder da divisão de operações especiais XIII do Vaticano, Iscariot.

Seu tom de voz havia mudado de uma empolgação para uma polidez adulta, suave, dotada de um sotaque bonito e ainda assim bem delineado, tipico de condados nobres da Inglaterra.

- Como eu disse, assim como você, eu não sou um ser humano normal, e eu consigo entender quão difícil deve ser para você se adaptar a sua... "nova vida". Você não é a primeira a quem procuro - tenho ido atrás de todos os midians desgarrados de organizações. Te explicarei isso mais tarde se desejar, mas estou aqui pra te oferecer proteção.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

A garota ve o menino "comandando" os padres, o que fazia parecer que o garoto tinha uma autoridade sobre aqueles padres, a história do menino ser um cardeal estava começando a fazer sentido para Misa, embora ainda ela questionasse muito.

Então Aleister se aproxima de Misa e se senta junto dela no banco da capelinha, então ele começava a falar para Misa novamente que era um cardeal e sobre uma tal "Iscariot".

-Hum, como você pode ser um cardeal? Você é muito novo... e como sabe tanto sobre mim?? e que história foi essa de proteger a Misa?? E quem era aquele homem la na praça?? Eu achava que o Vaticano caçava os vampiros!!!! a Misa ta confusa!!! >.<

Então a garota faz uma cara de quem não está entendendo nada, ela faz diversos questionamentos para o pequeno cardeal, ela espera ouvir uma resposta convincente do menino, a final tudo aconteceu muito de repente.

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Spoiler:

O pequeno menino abana as mãos, dando uma risadinha ao jeito afobado de Misa, enquanto falava "Calma, calma". Estava alegre porque tudo estava saindo como desejava - ela havia sido vencida pela curiosidade, e agora estava em seus domínios, longe dos olhos predatórios da Hellsing. Os três padres haviam sido instruídos para reforçar a guarda ao redor da capela. O que permanecia na porta desta, um dos bispos e paladinos da Iscariot, estava lá para se assegurar que nem Mikhael, nem nenhum outro subordinado sob o comando da organização rival se aproximasse a ponto de intervir nos interesses de "Vossa Excelência". Aleister suspirou fundo e começou a explicar apcientemente, gesticulando um pouco com as mãos enquanto falava:

- Muita gente acha que a igreja não tem muito mais poder neste mundo, mas pelo contrário, nós somos tão fortes quanto sempre fomos em tempos como a Idade Média, e temos um corpo sólido. Compilar informações, em especial, sobre seres como você é de nosso encargo, desde sempre. Sabemos quase tudo sobre quase todos vocês, e é por isso que sei sobre você. Temos cuidado com nossas ovelhinhas, mesmo as desgarradas.

Ele faz essa metáfora com uma doçura quase de uma deidade, como se "possuísse" de fato os midians, como se fosse seu pai.

E ele iria possuí-los: Não iria incorrer no erro que Maxwell havia feito - queria voltar o feitiço da Hellsing contra o feiticeiro, e por isso, queria arrebanhar o máximo de vampiros sob sua tutela. Não iria recrutá-los para a Iscariot, não - iria usar de estratégias mais sutis para conseguir o fator destes seres tão imundos, se tornando mais imundos do que eles. Fins justificando os meios.

- E o Vaticano de fato caça vampiros. Mas não simplesmente vampiros. Misa, nós caçamos aqueles que fizeram sua escolha pelo mal. Caçamos aqueles que querem destruir a humanidade, hereges, gente maldosa que fez escolha de serem reis e rainhas da escuridão por ambição, poder e que perderam sua inocência e humanidade. Coisas que chamamos de "freaks". - ele a olha com um sorriso belo lhe enfeitando os lábios. - Mas você não é assim, não é mesmo? Você não teve escolha. O que você é hoje foi para sobreviver.

Compaixão era algo que legitimamente envolvia aquelas palavras dele. Apesar de sua intenção de manipular os midians a seu favor, ele de fato compartilhava da dor de ser um monstro "á força" por causa de sua natureza demoníaca desconhecida a quase todos - nem a Hellsing sabia das origens de Aleister Crowley VII, e qualquer informação sobre isso havia sido enterrada com Alexander Anderson e a antiga Iscariot.

Entrelaçou os dedos uns nos outros, seu tom de voz tornando-se mais grave.

- Quero te proteger exatamente disso, dessas pessoas, "freaks", vampiros "maus", e de pessoas que usam do poder deles a seu bel-prazer. Aquele homem que vimos lá fora é Mikhael Carey, guarda-costas a serviço de Sir Hellsing, uma mulher que é líder de uma Organização que faz exatamente isso: Usa os midians para o que querem. Sem se importar com eles, ou com os humanos, com ninguém. - se inclinou um para dar ênfase às palavras que diria a seguida. - Pessoas más.

Ele se levanta, extasiado e fica de costas para a moça, as mãos para trás. Fala, com o tom um pouco mais baixo do que antes:

- O que eu disse sobre o padre que me criou não era mentira... Eles o assassinaram, assim como assasinaram a uma das pessoas que eu mais amava, o antigo líder da organização Iscariot. -

Quando olha por cima dos ombros à moça, seus olhos estão cheios de lágrimas, jorrando, brilhantes. Não era novidade que Aleister não tinha muito controle de suas emoções, especialmente quando ele mesmo as trazia à tona, o que geralmente se contrapunha à sua frieza.

Convenientemente, aquilo contribuia muito para seu esforço em demonizar a Hellsing. Ele limpa os olhos com a manga de sua bata e vira-se pra Misa novamente.

- P-perdão...eu... - fungava, ainda choroso. - É... por isso eu quero proteger o máximo de pessoas que posso dessa escuridão. Não quero que ninguém mais apsse pela dor que eu passei, de me ver transformado num monstro e estar simplesmente indefeso à isso. O que proponho é estar orientando-a sobre essas pessoas que querem destruir sua inocência. Preservar a humanidade que ainda existe em você. Sem exigir nada em troca - essa é a missão que Deus me deu. Se concordar com isso, você não vai precisar sequer caçar mais - temos contato com bancos de sangue que podem fornecer o que precisa para sobreviver. Tudo o que precisa fazer é andar de mãos dadas comigo... em direção da luz que nos foi tirada. Isso é sua decisão: Você quer caminhar sozinha, ou junto a mim, Misa?

Simbolicamente estende a mão à Misa, convidando-a a segurá-la. Omitira, por ora, o porquê de ser um Cardeal - teria tempo para explicar isso se ela concordasse estar sobre as asas dele. Ademais, seria muito difícil explicar sua natureza para ela sem trazer à tona o fato de ser meio-humano, meio demônio. E isso era algo que ele mesmo queria esquecer.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

A garota ouve atentamente as palavras de Aleister, pois dependendo de sua escolha ela mudaria toda a sua vida... Misa acaba ficando comovida pelas falas do pequeno cardeal, e isso fazia com que ela acreditasse em tudo que ele falava... porem Misa, apesar de ser muito infantil e parecer idiota as vezes, era muito cética, ela ainda desconfiava do cardeal, a garota começaa ter uma briga interna com ela mesma, de um lado uma Misa que acredita fielmente em tudo que o cardeal havia lhe dito e estava pronta a se juntar a ele... e do outro lado, uma Misa que achava que tudo isso que o cardeal havia lhe dito era pra lhe enganar, que na verdade Aleister estaria só brincando com ela, e no momento que ela não fosse mais útil seria eliminada como os outros... mas Misa ainda tinha muitas perguntasa serem respondidas, e aparentemente aquele "cardeal menino" tinha as respostas, mas o que mais pesava a favor dos argumentos de Aleister era o fato de que Misa ja não aguentava viver na escuridão, ela não queria se tornar um monstro, não queria mais ter que... matar para viver

Ai e agora o que faço?! >.<

Baixa a cabeça desviando o olhar de Aleister e olhando para o chão apenas... ela fica assim uns 10 minutos, enquanto o cardeal aguardava com sua mão estendida, então ela levanta a cabeça e segura a mão do pequeno cardeal, simbolizando que aceitaria ir com ele...

-Espero estar fazendo o certo!! u.u

Falava a garota, mas não para o cardeal, ela estava "pensando alto", como se estivesse cuchichando para ela mesma, enquanto isso ela espera a próxima abordagem de Aleister

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Aquela espera pela decisão de parecia durar uma eternidade.
Os padres e outras entidades ao redor deles observavam atentos, como se ansiosos também pela decisão da menina, mesmo não sabendo do que se tratava ao certo - já haviam presenciado aquela cena antes, com palavras diferentes, com pergunas diferentes, mas os mesmos gestos, a mesma tensão. O que parecia um manto de estresse e reverência quebrou-se de súbito quando Misa segurou a mão do pequenino Aleister Crowley VII.

Ele nada diz, mas aquele sussurro mental volta a falar em seu lugar: "Você fez a melhor escolha possível, Misa".

Envolve a mão da garota com suas duas mãos frias e ajoelha-se em sua presença, a cabeça baixa, e quando afasta uma delas, há um anel no formato de uma cruz negra, com uma pedra cor violeta em seu centro no polegar da garota. No corpo do anel há algumas inscrições em latim, em uma cor vermelho-fogo, cintilante.

- Toda a vez que precisar de mim, Misa Amane, esse anel irá nos ligar psiquicamente. Basicamente é só dar um berro, e eu estarei lá.

Fala, com um sorriso levado, quebrando a atmosfera pesada e simbólica que envolvia aquele momento. A última coisa que queria era assustá-la agora que tinha consegido alcançar seu objetivo. Se levanta, olhando para ela.

- Vá pegar suas coisas, o que quiser levar. Me encontre na plataforma de Londres ás 20:00h... vamos fazer uma pequena visita ao Vaticano. Tome cuidado com agentes da Hellsing no caminho.

Dá um sorriso, pendendo o rosto de lado, e adverte.

- Se acontecer qualquer coisa, lembre-se: Toque o anel e chame meu nome. Vá.

Agora o pacto entre eles havia sido selado - não apenas suas menes estavam conectadas mas também suas almas. Misa não tinha a noção da seriedade do que havia feito ao aceitar aliançar-se com o garoto, mas logo mais ela saberia. Ela logo mais saberia de tudo, o quão logo chegassem em território italiano. Estendeu-se e beijou a testa da japonesa - a sua nova criança.

Se afastou, dando espaço a ela tomar a próxima ação. A noite já havia caído - eram 18:30, e o Congresso havia se iniciado do lado de fora. Os paladinos da Iscariot estavam prontos a tomar qualquer atitude fosse necessária naquele momento.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

A garota ouve tudo que o cardeal fala e em seguida se levanta, sem nem mesmo dar tchau para Aleister ou qualquer outra pessoa na capelinha, ela ainda estava um pouco perturbada com tudo que ali aconteceu, apesar de Misa ser uma vampira e com isso ser dona de força fisica notável, sua mente era muito fraca, ficava abalada facilmente, por isso ela sai da capelinha ainda não sabendo se fez o certo, justamente por achar que foi manipulada... pois isso não seria dificil de se fazer com alguem como ela, não que ela fosse burra, ela apenas era muito inocente.

Ela saia do local em que acontecia o congresso, ela não havia visto aquele homem que Aleister chamaou de Mikhael, talvez ele ja havia ido embora, ou estava la só que devido a garota estar tão perturbada que não encontrou ele, então ela ia se dirigindo para a sua casa que ficava não muito longe de onde ocorria o congresso, ela morava em um prédio no centro de Londres, nesse prédio até onde ela sabe vive apenas ela, uma velha no andar de cima e um homem misterioso que mora no apertamento que fica a frente do dela, os outros apartamentos são aparentemente abandonados, enquanto Misa ia para casa ia passando pelas pessoas "normais" que provavelmente voltavam para a casa depois de um dia de trabalho... do outro lado da rua Misa via um casal se despedindo com um beijo, ela não escondeu a profunda inveja que sentia naquele momento pois ela sempre foi uma garota romântica e se arrepende de ter "morrido" e nunca ter vivido um amor de verdade... então ela chega em casa e começa a arrumar uma pequena mala, apenas com algumas roupas, enquanto ela pensava:

"Hum... será que... há uma cura?? Espero que sim... Ah quem eu quero enganar?! Eu sei que não existe... mas poderia existir..."

Misa se referia ao fato de ser uma vampira, ela queria saber se ela podia voltar a ser humana, pois ela tratava seu estado como se fosse uma doença, depois de arrumar sua mala ela se retira dali e pega um onibus para a plataforma de Londres, no onibus ela continuava a observar as pessoas, que eram na maioria homens, alguns muito bem vestidos, outros muito mal vestidos, e assim entravam e saiam pessoas do onibus, até que Misa era a unica passageira dentro do onibus, até que o motorista vendo Misa pelo retrovisor fala "Ei garota, onde você vai vestida desse jeito a essa hora?!"... Misa encara o homem pelo retrovisor tambem, um olhar que havia assustado o homem que em seguida desvia o olhar de Misa, então ela responde "Me encontrar com um cardeal, ele me levará até o Vaticano", claro que a garota havia pensado que o motorista não levaria a sério, a final quem sairia aquela hora e vestida daquele jeito para ir ao Vaticano??

Misa finalmente havia chegado na plataforma de Londres ainda era cedo, era 19:50, ainda faltava 10 minutos para o horário que o cardeal havia estabelecido, mas Misa não sabia ao certo se Aleister era Ingles, por isso tentou chegar cedo, a final, ingleses não gostam de atrasos (^^), a garota se senta em uma das cadeiras que haviam por ali e espera pelo pequeno cardeal, enquanto ela ficava pensando:

"Como será que é o Vaticano?! Nunca estive na Itália... tomara que la seja úmido como em Londres, ai há a possibilidade de sair de dia tambem!! E o que será que Aleister vai me mostrar la no Vaticano??? Deve ser importante... Uhum!!"

Enquanto o tempo passava, logo chegaria o horário marcado por Aleister, Misa estava muito anciosa, a final, desde quando ela chegou na Inglaterra ela nunca mais havia saido de Londres...

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Talvez em sua distração e ansiedade, ela não tenha notado que a plataforma parecia vazia em demasia para aquele horário. Não havia uma alma viva na plataforma, exceto pelos operadores do metrô e alguns seguranças, mas essa condição parecia ser tratada com uma naturalidade anormal por tais funcionários.

20:00h, como o combinado.
Um trem prateado com azul pára na estação, os freios emitindo quase nenhum som. Mas suas portas permancem fechadas, as luzes dos vagões apagadas. Tudo aquilo era estranho e talvez assustasse Misa Amane - mas ela logo ouve um barulhinho que parece o de saltos altos contra o assoalho. Descendo as escadas, o garotinho cardeal.

Não estava trajando vestes eclesiásticas desta vez, mas um terninho e uma calça pescador verdes-musgo, de veludo. Nos pés haviam sapatinhos envernizados, meias até o joelho e uma gola aristocrática no pescoço. Seu tapa-olho cirurgico agora havia sido substituído por um tapa-olho negro, como o de um piratinha. Parecia bem mais "normal" apesar do estilo formal demais para o horário, e, em consequência disso, bem menos intimidante.

Atrás dele vem um homem com um chapéu de abas muito largas sobre o rosto, roupas, luvas e sapatos negros. Era muito alto - Aleister batia na altura de sua cintura. A única coisa que se destacava naquela figura sombria eram seus cabelos, de um azul musgo muito incomum, escondendo o que restava à mostra de seu rosto pelo chapéu.

O garotinho sorri e acena empolgadamente, correndo em direção da moça:

- Ah! Misa! Perdão, eu peguei um pouco de engarrafamento na vinda para cá! Espero que não tenha esperado por mim muito tempo! "D", pegue as malas dela por favor.

O homem que vinha seguindo logo atrás deles se apressa e pega a pequenina mala da garota. Ele se dirige até o trem e toca sua superfície. As luzes se acendem de súbito e a porta do vagão de primeira classe se abre. O menino oferece sua mão para ajudá-la a levantar do banco.

- Vamos ou não chegaremos até o Vaticano antes do amanhecer. Isso seria muito perigoso, não é?

Spoiler:

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Misa estava destraida com seus pensamentos, quando ouve ve aquele trem parar sem fazer barulho nenhum ao freiar, o trem era muito sinistro, com as luzes apagadas, dava até a impressão que não havia ninguem dirigindo o trem, quando Misa iria se levantar para dar uma olhadinha naquele trem ela ouve os passos vindo em sua direção... ela não se surpreedeu em ver o cardeal menino, ela olha no relógio da plataforma e eram 20:00, então ela da um cochicho com ela mesma "20:00?? provavelmente é ingles...", ela ve o menino que estava muito bem vestido, parecia um pequeno nobre até e atrás dele vinha um homem muito misterioso (parece que Misa costuma econtrar muitos homens mistoriosos em sua vida oO), mas aquele homem realmente havia chamado a sua atenção, chamado mais atenção que o próprio cardial, enquanto o cardeal falava com Misa, ela nem respondia, apenas balançando a cabeça confirmando tudo que ele dizia, e não tirava os olhos do homem nem sequer um moento, apesar de nem ver o rosto dele, ela sabia que ele não era "normal", então ela ouve Aleister chamar ele de "D", e em seguida ele entrando no trem ja com a sua mala

-Ei Aleister, quem é esse "D"?? Ele parece respeitar você assim como aqueles padres na capelinha... '-'

Seguro na mão de Aleister e vamos nos dirigindo até o trem, pois realmente seria problemático se amanhecesse antes de chegar a Italia

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

Aleister percebia a distração de Misa e como seus olhos acompanhavam o estranho homem.
Entrando no trem acompanhada dela, as portas se fecham. Não havia ninguém, somente eles três dentro do vagão, que começa a andar mais do que imediatamente. A curiosidade da garota acerca do homem tinha que ser sanada, ainda. Era uma coisa tão complicada explicá-lo quanto explicar sua própria natureza, e ele tinha que começar a pensar no que falar e rápido, antes que...

Subitamente, o homem misterioso tira o chapéu e a capa negra, jogando-os ambos no chão, os cabelos azuis voando no vento, cacheados. Era uma figura no mínimo chocante: Tinha a pele toda azulada, caninos muito afiados à mostra em um sorriso galante e longas orelhas pontudas. Por baixo das roupas negras usava um conjunto de veludo social completamente ROSA escuro e preto. Tinha olhos que cintilavam como se estivessem em chamas, uma íris verde-neon, a outra vermelha, estranhas tatuagens nas mãos que se assemelhavam a olhos. Usava anéis semelhantrs aos de Aleister nos dedos.
O pequeno Cardeal estremeceu, levando uma das mãos até o rosto em sinal de descrença a cena que havia sido montada.

O homem (ou seja lá o que ele fosse) se ajoelha na frente de Misa Amane, tomando e beijando sua mão de leve, e direcionando seus olhos a seu rosto.
Falava em um sotaque francês rasgado:

- Eu sou o Conde Dantes, enchantée de faire ta connaissance <prazer em conhecê-la>, chèrie.

Ele era assustador. Só isso que ele era, BEM assustador, e mais assustador ainda por parecer a caricatura de um Don Juan dos pesadelos.
Provavelmente uma das coisas que Misa jamais esperaria encontrar no Vaticano - aliás, uma coisa que nem mesmo o corpo eclesiático italiano esperaria encontrar no Vaticano.

O Cardeal simplesmente PISA no topo da cabeça do misterioso homem que se apresentava como "Conde Dantes", pressionando seu rosto para o chão do trem e colocando Misa atrás de si, protegendo-a do homem que somente ria ao gesto irritadiço de Aleister Crowley VII.

- Esse é o D. Ele é meu...hã... -

- Escravo. - o homem murmura, zombeteiro, ainda embaixo da sola do sapato de Aleister.

- Meu mordomo no corpo del Vaticano. Todos os cardeais tem um. Não estranhe sua aparência, ele é uma boa pessoa quando você aprende a ignorar o tanto que é ESPALHAFATOSO. - o garoto fala, erguendo uma das sobrancelhas. - Como todo o bom francês.

"D" se desfaz em sombras, se rematerializando em um dos bancos, folgadamente sentado com as pernas cruzadas. Era um subordinado complicado, sempre fora desde que ambos haviam feito a aliança entre si há mais de 15 anos atrás, no apogeu da Organização Iscariot. Muitas vezes o Cardeal havia sido contestado da natureza daquela estranha aliança com aquele estranho ser, mas sua autoridade era suficiente dentro do Vaticano para que simplesmente deixassem a presença do "Don Juan dos infernos" passar batida. Muitas vezes também este fora útil no extermínio de midians, e era um guarda-costas fiel e formidável para Aleister, que parecia saber controlar o temperamento sempre extasiado dele.

O Cardeal suspira e se senta no banco à frente dele, convidando Misa a ocupar no assento vago ao seu lado.

Spoiler:

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Misa se surpreende com a abordagem de Conde Dantes e logo depois quando o mesmo era repreendido pelo cardeal, isso foi mais surpreedente até mesmo que a aparencia no minimo exótica do tal Conde Dantes, Misa não havia entendido uma palavra do que ele havia lhe dito quando se apresentou, a final ela nao conhecia nada de francês... até mesmo o inglês era falado com sutaque japonês pela garota q apesar de viver ja a 2 anos na Inglaterra, ainda não dominava o idioma com perfeição, então ela se senta ao lado de Aleister, então Misa cochicha no ouvido de Aleister:

-Ele tambem é um vampiro?? Ele é meio... estranho '-'

Ela fala o mais baixo possivel para que só o cardeal pudesse ouvir, pois ela achou aquele homem meio sinistro, tinha um certo medo dele, mais medo do que quando Aleister havia se comunicado telepaticamente com ela

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

O ser de pele azulada passa a encarar os dois, vampira e Cardeal, enquanto acendia um cigarrette e assoprava alguns belos anéis de fumaça no ar. Olhava especialmente para Aleister Crowley VII com uma malícia clara nos olhos. Parecia estar disposto a ser incômodo - na verdade estava apenas assistindo ao "espetáculo", como sempre assistia. Esperando o circo pegar fogo.
Porém, o menininho sequer se preocupa em retribuir tal olhar, abrindo um copo de chá gelado que havia trazido consigo e o levando aos lábios enquanto ouve as palavras discretas e carregadas de sotaque japonês de Misa Amane. Ele dá um pequenino gole na bebida e responde, em alto e bom som, totalmente oposto à atitude da japonesa, pouco se lixando se ele ouviria suas palavra sou não:

- "D" é um vampiro, sim. E ao mesmo tempo não, pois não se alimenta de sangue. - Levou uma das mãos até a sobrancelha e a ergueu. - Na verdade ninguém sabe o que ele é direito, chegaram a cogitar que fosse um demônio. Por isso me assenhorei dele, para protegê-lo e proteger as outros dessa "incerteza" do que ele é.

Dantes abaixou as pálpebras, fechando o sorriso que lhe adornava os lábios em uma careta de desgosto e descrença. Aquela expressão parecia dizer claramente: "Até parece que você é tão benigno, Aleister", aliás, era quase se você estivesse ouvindo estas palavras da parte dele, mesmo sem ele ter aberto a boca sequer por um momento. Telepatia, talvez? Era algo diferente da vezes em que Misa ouvia os cochichos do Cardeal em sua cabeça.

Aleister então pareceu lembrar-se de algo, levantando-se e tateando o bagageiro atrás de sua mala, que convenientemente já estava lá. Parecia que aquele vagão havia sido alugado especialmente para ele, e com muita antecedência.

- Grosseria a minha. Não lhe perguntei se estava com sede depois de tantas horas.

Tirou de lá uma grande mala-baú, com uma trava de segredo, e a abriu rapidamente. Dentro dela, para o espanto de Misa Amane, haviam diversas bolsas plásticas médicas com sangue humano dentro. Jogou-a na mesa que ficava entre os assentos e fez um sinal convidando a vampira a se servir.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

A garota ouve tudo o que Aleister havia falado sobre Conde Dantes, ela estava morrendo de vergonha, pois não queria que Conde Dantes pensasse que ela estava falando mal dele ou algo do tipo, mas depois que ouviu tudo do pequeno cardeal ela ficou com mais duvidas ainda, a final existiam nesse mundo seres muito mais "estranhos" do que Misa, aos olhos dela, Conde Dantes e Aleister Crowley eram alguns desses seres que ela nunca pensou em ver um dia, digamos que entre o conde e o cardeal ela se sentia "humana", e até por causa disso ela se sentia bem na presença deles, ja não temia mais os mistérios do cardeal e a aparência do conde

Misa nao falava nada, apenas ficava observando a conversa, quando de repente, Aleister puxa do bagageiro aquela mala-baú, e dentro dela havia bolsas de sangue, a garota novamente ficava com vergonha, pois ela não sabia o que os dois iriam pensar ao ver ela bebendo sangue, mas realmente ela não havia "comido" nada ainda, então a garota tira de dentro da mala uma das bolsas e fica olhando apenas em seguida encara Aleister

-Hum... como vou beber isso?! A Misa não está acostumada a beber assim!!

Então ela fica observando o copo de chá de Aleister, como quem estivesse pedindo "Posso usar seu copo??", então ela abre a bolsa, mas ainda sem saber direito como beber ela vai tentando beber como um cachorro (oO), tentando beber com a lingua, em seguida ela fala dessa vez diretamente com "D"

-Ei Conde Dantes... se você é um vampiro que não bebe sangue... você se alimenta de que?!

Como o Cardeal Aleister ja devia ter percebido, Misa era uma menina muito curiosa, não importa o quão Aleister tentasse responder suas perguntas, ela sempre tinha mais uma, em seguida a garota volta a encarar o cardeal enquanto continuava a beber direto da bolsa ainda que meio atrapalhada com aquilo ainda

-Aleister... o trem está indo pra onde??? '-'

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

O menino, perceptivo da condição difícil da garota em beber dos saquinhos de sangue, coloca todo o chá na boca em um gole só e oferece o copinho de plástico rígido para Misa, gentilmente. Seu rosto estava realmenteengraçado neste momento, por mais gentleman que ele tentasse ser, era impossível levar a sério um garotinho bochechudo com bochechas extremamente estufadas de líquidos. O primeiro a rir dessa cena, indiscretamente apontando foi o próprio Conde Dantes, batendo de leve em um dos joelhos.

Aleister franziu as sobrancelhas, desagradado, tentando falar algo com a boca cheia de chá, mas tudo o que falava saía como um "mmm-mmmm-mm" interminável. Era realmente notável como os dois seres tão estranhos em uma situação tão tensa quanto uma viagem ao Vaticano, pessoas bebendo de sangue humano e seres misteriosos conseguiam ser tão descontraídos e engraçados. Isso talvez fosse o maior ás na manga da nova Iscariot x Hellsing: Aquela que fora uma organização somente fanática até a morte de Maxwell agora era empática, a escuridão envolta em uma capa de doçura, assim como era seu líder e Cardeal.

Cessando as risadas um pouco, Dantes olha para a menina, ainda em tom zombeteiro e fala, em um inglês ainda dotado daquele sotaque francês quase caricato, prolongando as sílabas, apontando um dedo ao menininho.

- Eu me alimento dele

O esforço para engolir o chá que o menino estava tendo volta em um engasgo. Ochá voa em suas vestes de veludo, enquanto ele tosse desesperadamente. Dantes não fala absolutamente mais nada, somente dá uma piscadela para Misa Amane e deixa a questão no ar.

Recobrando o fôlego, ele fala:

- <cof> O trem vai seguir até e estação de Roma, de lá seguiremos até o Vaticano. Aliás, logo estaremos chegando, não se preocupe.

Era verdade. O sinal luminoso do trem já indicava que estavam entrando em território francês. Não demoraria mais de uma hora para chegarem em Roma.

Mensagens : 25 Data de inscrição : 30/04/2010

Misa fica se segurando para não rir do pequeno cardial, a cena realmente era engraçada, mas ela conssegue se conter e evita passar que achava aquela cena hilária, Misa segura o copo que Aleister havia lhe dado, e em seguida derrama o sangue da bolsa dentro do copo, logo começa a beber denovo, ela ouve a resposta de Conde Dantes e novamente volta a ficar com suas dúvidas, mas dessa vez ela para com as perguntas, a final devia ser constragedor e ao mesmo tempo irritante para Aleister Crowlei e Conde Dantes terem que responder as insessantes perguntas da garota que pouco sabia sobre esse mundo de trevas que ela estava naquele momento

Logo depois disso ela percebe que o garotinho havia se engasgado por tentar engolir todo o chá de uma vez só, então a garota começa a dar tapinhas nas costas do cardealzinho para que ele não morra engasgado, enquanto uma gota de sangue escorria pelo canto de sua boca

-Aleister... esse sangue tem um gosto diferente... mesmo sendo sangue humano parece diferente >.<

Falava a garota enquanto limpava aquela gota de sangue que escorria pela sua boca, com o dedo, em seguida ela volta a por o dedo na boca e engolindo o sangue

Mensagens : 28 Data de inscrição : 24/03/2010

O pequeno Cardeal faz um gesto, parando de tossir, indicando que Misa poderia parar de lhe acudir pela situação. Ele toca as costas da garota - mãos frias como se fossem feitas de cristal, e diz, em palavras firmes.

- Sem o êxtase da caça, Misa, nada é tão bom quanto deveria ser.

Encerra suas palavras aí.
Logo, o apito é ouvido - haviam chegado em Roma. Poucos minutos e estariam no belo país eclesiástico, enfim longe dos olhos da tão odiada Hellsing. E lá, a vida de Misa jamais seria a mesma.

<Tópico encerrado. Continuação em: https://senkai-gakure.forumeiros.com/italia-f29/roma-citta-del-vaticano-t58.htm#378>

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